COVID-19
A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta
um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves.
O período de incubação varia de 2 a 14 dias. O tempo médio entre os primeiros sintomas e o
desenvolvimento de síndrome do desconforto respiratório (SDRA) é de 6 a 8 dias.
Por ser um vírus respiratório, o Sars-Cov-2, causador da Covid-19, impacta principalmente os
pulmões, em especial as células dos alvéolos, onde ocorre a troca de gases entre o pulmão e a
corrente sanguínea.
A doença afeta os pulmões de várias formas. O paciente pode não sentir nada ou ter uma
pneumonia que pode evoluir para uma insuficiência grave respiratória, quando grande parte do
pulmão se compromete pela infecção.
Os comprometimentos sistêmicos após a infecção são variados, já se sabe que a Covid-19,
primeiramente descrita apenas como uma infecção respiratória, pode afetar o funcionamento dos
rins e outros órgãos do corpo, como o sistema circulatório, favorecendo a formação de coágulos no
sangue, coração, fígado, intestino e até o cérebro.
Os pacientes costumam perder massa muscular e se queixam de falta de ar, mesmo depois da
internação. Esses pacientes precisam de fisioterapia pulmonar e muscular.
Diagnóstico
A suspeita clínica se dá pela presença de febre e sintomas de trato respiratório (tosse, dispneia).
Leva-se em conta também o histórico com relação a possíveis contatos com caso suspeito ou
confirmado, viagem para local endêmico inferior a 14 dias, o que aumenta suspeição de Covid-19
em detrimento de demais síndromes respiratórias, havendo indicação para o teste RT – PCR.
Considerado o “padrão ouro” ou “padrão de referência”, o RT-PCR é o exame que identifica o vírus
e confirma a covid-19.
O diagnóstico é realizado a partir do teste PCR-TR positivo ou presença de alta suspeição clínica
(clínica compatível + histórico indicativo) associada à tomografia computadorizada com padrão em
vidro fosco periférico bilateral de lobos inferiores, sendo esse aspecto, de maneira simples, um
achado que revela o comprometimento de regiões pulmonares em decorrência de infecção.
Tratamento e Cuidados
Casos leves devem ser tratados ambulatorialmente, sendo necessário isolamento doméstico com
orientação de pessoas do convívio quanto à higiene (paciente restrito ao quarto de porta fechada e
bem ventilado, utensílios, roupas, etc devem ser higienizados com água e sabão ou álcool 70° pelo
próprio infectado, manuseio mínimos de roupas, higiene frequente de mãos do paciente e de
pessoas que entram em contato com este, quarentena das pessoas do convívio domésticos por 15
dias). Estes pacientes devem, idealmente, ser acompanhados pela equipe de Atenção Primária de
48/48h via telefone ou teleconsulta. É recomendado orientar retorno se houver piora clínica do
paciente e para que as pessoas do convívio sejam afastadas do trabalho por 14 dias.
Casos graves em que observamos quadros de queda de oxigênio no sangue, aceleração da
respiração, aceleração dos batimentos cardíacos e descontrole de doenças subjacentes, devem ser
internados em isolamento, com 2 metros de distância de outros casos suspeitos e tomadas as
precauções. Indica-se lavagem de mãos e uso correto de equipamentos de proteção individual,
como máscara, luvas e afins, pelos profissionais da saúde. Aos pacientes sintomáticos respiratórios
devem ser oferecidas máscaras, já na recepção hospitalar e fornecer sala de espera separada.