Sistema Nervoso

Postado por: kaio

Função:

O sistema nervoso é responsável por coordenar e regular as atividades de outros sistemas, órgãos e células do organismo em associação com o sistema endócrino.

 

Descrição

          O neurônio é a principal célula componente do tecido nervoso e sua função é a geração e condução dos impulsos nervosos. É constituído pelo corpo celular (porção central da célula, onde estão o núcleo e o citoplasma perinuclear), dendritos (porção receptora, onde os sinais elétricos se originam)  e axônio (porção condutora, por onde os impulsos são transmitidos).

Figura 1. Ilustração do neurônio. (Adaptado de Junqueira & Carneiro, Histologia Básica, 10 ed).

Os neurônios podem apresentar axônios mielinizados ou amielinizados, dependendo da presença ou não de uma organização intermitente de células denominanda bainha de mielina. A bainha de mielina é determinada pelas células de Schwann que se espiralizam ao redor do axônio formando um isolamento. Esse é decorrente da composição da membrana celular, que é lipoprotéica.  A descontinuidade, determinada pelos espaços entre essas células assim dispostas mantém áreas desnudas, no trajeto da fibra nervosa, o que é denominado de nódulos de Ranvier. O impulso vai ser transmitido de forma saltatória, pela despolarização da membrana apenas nos locais onde ela não se encontra isolada pela célula de Schwann. A transmissão do impulso nervoso através das fibras nervosas assim organizadas, torna-se mais rápida.

Figura 2. Organização das células da bainha de mielina. A e B: lemócito em espiral na fibra nervosa (sistema nervoso periférico); B: oligodedrócito (sistema nervoso central). (Adaptado de Junqueira & Carneiro, Histologia Básica, 10 ed).

Além dos neurônios, outras células estão presentes no tecido nervosa: são as células da neuroglia, responsáveis por várias funções não realizadas pelos neurônios, entre elas a fagocitose, barreira hemato-encefálica, barreira hemato-liquórica, etc. Entre elas podemos citar: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia, células de Schwann e células ependimárias.

Figura 3. Ilustração das células da neuroglia. (Adaptado de Junqueira & Carneiro, Histologia Básica, 10 ed).

O Sistema Nervoso está dividido anatomicamente em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).

Sistema Nervoso Central

         Consiste do encéfalo e da medula espinal. Estão completamente contidos em espaços determinados por organizações esqueléticas, a cavidade craniana e a o canal vertebral. O SNC é o centro integrador e controlador do sistema nervoso. Ele recebe impulsos sensitivos do sistema nervoso periférico e formula respostas para esses impulsos.

                Encéfalo

            Composto pelo telencéfalo (cérebro); diencéfalo (tálamo, epitálamo, hipotálamo); mesencéfalo (corpos quadrigêmeos e pedúnculos cerebrais); metencéfalo (cerebelo e ponte) e mielencéfalo (medula oblonga ou bulbo).

Figura 4. encéfalo (Adaptado de de Sobotta Atlas de Anatomia Humana 21 ed.).

Telencéfalo- Cérebro

          Consiste de dois hemisférios (direito e esquerdo) que apresentam, em sua camada externa substância cinzenta constituída principalmente por corpos neuronais e fibras amielínicas. Essa camada é o córtex cerebral.

Figura 5. A: vista superior do cérebro; B: vista inferior do cérebro. (Adaptado de de Sobotta Atlas de Anatomia Humana 21 ed).

Na base de cada hemisfério cerebral, existem pequenos aglomerados de substância cinzenta chamados de núcleos da base. Os núcleos da base são: caudado, corpo amigdaloide, lentiforme, putame e globo pálido, claustro e substância basal de Meynert.

            Entre os núcleos da base e o córtex há a presença de substância branca, que são tratos de fibras nervosas mielínicas. Há tratos entre as diferentes regiões do córtex e ainda entre outras regiões do encéfalo ou entre os lados do encéfalo (tratos comissurais). Dentre os principais tratos comissurais está o corpo caloso que conecta os hemisférios entre si e permite a troca de informações entre eles.

Figura 6. Vista lateral do cérebro, com o corpo caloso. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

         A superfície do cérebro apresenta várias saliências chamadas giros ou circunvolunções, separadas por sulcos ou fissuras. Essas dobras permitem a existência de uma área muito maior de córtex.

           O cérebro pode ser ainda dividido em regiões chamadas de lóbulos: parietal, frontal, occiptal, temporal e o da ínsula.

Figura 7. A: lobos superficiais do encéfalo. B: lobo da ínsula. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

 Os limites desses lobos nem sempre são anatomicamente determinados. Dividindo o lobo frontal do lobo parietal está o sulco central.  Entre os lobos parietal e occipital, a divisão é uma linha imaginária entre os limites dos dois ossos, na calota craniana. Entre os lobos occipital e temporal, da mesma forma. Entre o lobo temporal e os lobos frontal e parietal há o sulco lateral do hemisfério cerebral.

O sulco central é regular, ou seja em todos os indivíduos ele está presente. Adiante desse está o giro pré-central e imediatamente atrás está o giro pós-central. O giro pré-central relaciona-se ao desempenho de funções motoras e o pós-central, de funções sensitivas.

Figura 8. A e B: áreas corticais relacionadas com interpretação de sensibilidade. (Adaptado de de Sobotta Atlas de Anatomia Humana 21 ed).

Diencéfalo

Nessa região do encéfalo são observadas as estruturas dos tálamos, do hipotálamo e do epitálamo, cujas organização e funções são distintas.

             Os tálamos são duas massas ovoides de substância cinzenta conectadas pela aderência intertalâmica. São os principais centros integradores de atividades e da via sensitiva, no encéfalo. Todos os impulsos sensitivos chegam aos tálamos com exceção do impulso olfatório, e de lá são destinados às diferentes áreas do córtex cerebral, onde essas informações serão processadas.

          O hipotálamo é situado abaixo dos tálamos e delimitado superficialmente pelas estruturas: corpos mamilares, túber cinéreo, infundíbulo e quiasma óptico. Em suas paredes está delimitado o terceiro ventrículo e nelas estão diversos núcleos cujas funções estão relacionadas a atividades vegetativas imprescindíveis para a manutenção da homeostase, como o controle da ingestão de água, de alimentos, controle da temperatura, integração de funções como o estabelecimento do ciclo circadiano, etc. Produz hormônios que controlam a liberação de hormônios produzidos pela hipófise e produz hormônios que serão armazenados e posteriormente liberados pela neurohipófise.

Figura 9. A: hemiencéfalo, com hipotálamo; B: hipotálamo, destacando seus núcleos. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed e Sobotta Atlas de Anatomia Humana 21 ed).

  O epitálamo é a região dorsal do diencéfalo, onde se localiza o corpo pineal, cuja função é neuro-endócrina relacionada a excreção de melatonina. Essa substância é importante no mecanismo do sono.

Mesencéfalo

           Nessa região observamos na anatomia de superfície os pedúculos cerebrais ventralmente e os corpos quadrigêmios, dorsalmente. O aqueduto mesencefálico, no interior do mesencéfalo, é um pequeno canal que liga o terceiro ventrículo  ao quarto.

           Os pedúnculos do cérebro são duas saliências cilíndricas compostas de fibras motoras que trafegam do cérebro pra medula e fibras sensitivas que partem da medula para o tálamo.

           Os corpos quadrigêmeos, também denominados de colículos são em número de quatro saliências arredondadas, na superfície dorsal do mesencéfalo. Os dois superiores integram atividades relacionadas aos estímulos visuais. Os colículos inferiores atuam como estação intermediária e centros de reflexos para estímulos auditivos.

Metencéfalo

           Essa região é composta pela ponte cerebral e pelo cerebelo.

         O cerebelo é composto por dois hemisférios conectados por uma estrutura denominada verme cerebelar. Sua superfície se assemelha à dos hemisférios cerebrais, pois é composta de substância cinzenta separada em projeções. Essas se diferenciam dos giros e circunvoluções, constituindo placas achatadas e paralelas chamadas de folhas cerebelares, separadas por sulcos paralelos. O cerebelo está relacionado com funções motoras desenvolvidas em nível inconsciente, como tônus muscular, movimentos finos e manutenção do equilíbrio.

Figura 10. A: vista superior do cerebelo; e B: vista ventral do cerebelo. (Adaptado de Sobotta Atlas de Anatomia Humana 21 ed).

 A ponte cerebral está localizada na superfície ventral do metencéfalo e consiste de tratos nervosos e vários núcleos. Ela funciona principalmente como um meio de união entre cérebro, tronco encefálico e cerebelo, proporcionando conexões entre níveis altos e baixos do SNC. Além disso, o estímulo de núcleos localizados na ponte interfere no padrão de respiração.

 

Mielencéfalo

           O bulbo ou medula oblonga constitui, com a ponte e o mesencéfalo, o tronco encefálico. Caudalmente, o bulbo se continua com a medula espinal. Sobre sua face ventral existem duas colunas extensas de tratos nervosos motores denominadas pirâmides.

          No interior do tronco cerebral existe uma malha de substância cinzenta conectadas e entrelaçadas, denominada de formação reticular. Ela se estende através do tronco encefálico até o diencéfalo. A formação reticular está conectada a inúmeras regiões do encéfalo. Essa organização permite o desenvolvimento de inúmeras funções, como a ativação elétrica do córtex do cérebro, determinando a vigília. Inclui centros medulares que controlam funções vitais como freqüência cardíaca, respiratória, dilatação e constrição dos vasos sanguíneos, tosse, deglutição e vômito.

Medula Espinal

           Abaixo do bulbo, o sistema nervoso central se continua como medula espinal. A medula desempenha duas funções principais: (1) conduz os impulsos nervosos para o encéfalo e do encéfalo; (2) processa informações sensitivas de uma forma limitada, tornando possível atividades reflexas estereotipadas (reflexos espinais) sem ação dos centros superiores do encéfalo, como aquela defensiva que realizamos ao tocar em um objeto quente.

Figura 11. A: nervos espinais; B: cauda eqüina; C: substância cinzenta da medula espinal; D: medula espinal no canal vertebral; E: composição do nervo espinal.(Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

Estrutura geral:

           A medula espinal está no canal vertebral. Ela se estende desde o forame magno do crânio até o nível da primeira ou segunda vértebra lombar. Até o terceiro mês de desenvolvimento, a medula espinal possui o mesmo comprimento da coluna vertebral. A medida que o desenvolvimento continua, a coluna vertebral cresce numa proporção maior que a da medula. Como resultado, a medula não ocupa toda a extensão do canal vertebral do adulto.

           Trinta e um pares de nervos espinhais se originam da medula e atravessam os forames intervertebrais das vértebras adjacentes. Os nervos são denominados de acordo com a região vertebral na qual têm origem, sendo eles: cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígeo.

         No final da medula espinal, o conjunto de raízes nervosas lombares e sacrais possui a aparência de um rabo de cavalo, e é por isso denominado cauda equina.

 Composição da medula espinal

          Assim como o encéfalo, a medula é composta por substância branca e cinzenta. A substância cinzenta apresenta o formato da letra H, e é composta por corpos celulares. Já a substância branca envolve completamente a substância cinzenta e é composta por fibras mielínicas.

Nervo espinal

            O nervo espinal é composto pela união das raízes ventral e dorsal de cada segmento espinal. As raízes dorsais apresentam somente os prolongamentos axônicos de neurônios sensitivos (somáticos e viscerais), enquanto as raízes ventrais apresentam prolongamento axônicos dos neurônios motores somáticos e viscerais. São 31 pares de nervos espinais mistos.Estrutura geral:

           

 Ventrículos

          São quatro espaços no interior do encéfalo preenchidos por líquido cerebroespinal e que que se comunicam. O primeiro e segundo ventrículos se localizam no interior de cada hemisfério cerebral e se comunicam com o terceiro ventrículo através do forame interventricular. O terceiro ventrículo é uma câmara estreita situada na linha mediana do diencéfalo, entre as paredes laterais do hipotálamo. Ele se abre no quarto ventrículo através do aqueduto do mesencéfalo. O quarto ventrículo é uma cavidade piramidal localizada ventralmente ao cerebelo, tendo a ponte cerebral como assoalho.

        Através dos forames de Luschka e Magendie  os ventrículos se comunicam  com o espaço subaracnoide, que envolve o encéfalo e a medula espinal.

        O líquido cerebrospinal é produzido no interior dos ventrículos cerebrais, a partir da filtragem do sangue pelas células ependimárias. O volume total é em torno de 100ml e o fluxo é contínuo. A absorção se processa pelas granulações aracnoideias, que permitem o retorno desse volume ao sangue. O volume total de líquido cerebrospinal é produzido e renovado a cada 8h.

Figura 12.ventrículos encefálicos. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

Meninges

 

As meninges são camadas de tecido conjuntivo que revestem todo o sistema nervoso central, são elas: dura-máter, aracnoide e pia-máter. A dura-máter é a mais externa e mais firme dessas meninges, conformando dobras que determinam espaços distintos no interior da cavidade craniana. Determina, ainda, os seios venosos que são túneis de drenagem sanguínea, direcionando o volume de sangue venoso para a veia jugular interna. A aracnoide determina entre si e a piamáter um espaço para a circulação do líquido cerebrospinal. A piamáter é mais delgada delas e reveste todo o tecido nervoso, acompanhando o relevo do sistema nervoso central.

Figura 13. Meninges. A: esqueleto fibroso do encéfalo, determinado pela duramáter; B: seios venosos da duramáter; C: pia-mater, aracnoide e dura-máter. (Adaptado de Sobotta Atlas de Anatomia Humana 21 ed).

Sistema Nervoso Periférico

            É constituído pelos nervos que conectam as partes do corpo com o sistema nervoso central, pelos receptores de estímulos nervosos e pelos gânglios. Os últimos são aglomerados de corpos de neurônios que se encontram nas vias sensitivas somáticas ou motoras autônomas.

             Os nervos periféricos são feixes de fibras nervosas (axônios) envolvidos por mielina e várias bainhas de tecido conjuntivo. Os envoltórios de conjuntivo protegem e nutrem os nervos, constituindo o epineuro (camada mais externa), perineuro (camada média) e o endoneuro (camada interna).

            O SNP  inclui 12 pares de nervos cranianos, que se originam do encéfalo e que deixam a cavidade craniana através de formes do crânio, e 31 pares de nervos espinais, que se originam da medula espinal e deixam o canal vertebral através dos forames intervertebrais.

            Funcionalmente, o SNP está dividido em um componente sensitivo (aferente), que recebe e transmite impulsos para o SNC, e um componente motor (eferente) que se origina no SNC e transmite impulsos para órgãos efetores espalhados pelo corpo. O componente motor está, por sua vez, subdividido em:

             Somático: pelo qual os impulsos originários do SNC são transmitidos diretamente para os músculos esqueléticos, por meio de um único neurônio na via nervosa, desde o SNC até o efetuador.

               Autônomo: pelo qual os impulsos do SNC são primeiro conduzidos a um gânglio autônomo por meio de um neurônio, denominado pré ganglionar e por um segundo neurônio, originário do  gânglio autônomo, que transmite os impulsos para músculos lisos, músculo cardíaco, ou para as glândulas.

Nervos cranianos

             Os nervos cranianos se destinam a estruturas situadas na cabeça e pescoço, com exceção do nervo vago. Eles são numerados (em algarismos romanos) no sentido craniocaudal, na sequência em que deixam o encéfalo. Eles apresentam uma origem real (núcleos no interior do tronco encefálico) e uma origem aparente (onde se exteriorizam na superfície do tronco encefálico) sendo classificados como sensitivos, motores e mistos.

Figura 14. Nervos cranianos. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

 I-                    Nervo Olfatório

É representado por numerosos pequenos feixes nervosos que, originando-se na região olfatória de cada fossa nasal, atravessam a lâmina crivosa do osso etmóide e terminam no bulbo olfatório. É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem os impulsos olfatórios.

Figura 15. Nervo olfatório. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

II-                  Nervo Óptico

É um nervo sensitivo, cujo feixe de fibras nervosas se originam na retina, emergem da face posterior do globo ocular  e penetram na cavidade craniana pelo canal óptico do osso esfenóide. Após penetrar o crânio, os dois nervos ópticos formam o quiasma óptico. Nesta estrutura fibras nervosas da metade medial de cada retina cruzam para o lado oposto, e as da metade lateral de cada retina permanecem do mesmo lado. As fibras continuam em direção ao encéfalo, determinando os tractos ópticos. Devido ao cruzamento de fibras nervosas no quiasma óptico, a área cortical de interpretação recebe impulsos provenientes das duas retinas.

Figura 16. Nervo óptico. ( Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

III-                Nervo Oculomotor

É um nervo motor que penetra na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos que movimentam o globo ocular e a pálpebra m. elevador da pálpebra superior, m. reto superior, m. reto inferior, m. reto medial e m. oblíquo inferior. 

Figura 17. Nervos oculomotor, troclear e abducente. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

IV-               Nervo Troclear

            É um nervo motor que penetra na órbita pela fissura orbital superior e inerva o m. oblíquo superior.

 

V-                 Nervo Trigêmeo

É um nervo misto, sendo que o componente sensitivo é maior.

 

A partir de um grande gânglio, o gânglio trigeminal, os três ramos ou divisões do trigêmeo, o nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular se distribuem na face.

 

A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigadores (m. temporal, m. masseter, m. pterigóideo lateral, m. pterigóideo medial, m. milo-hióideo e o ventre  anterior do músculo digástrico).

Figura 18. Nervo trigêmeo. (Adaptado de Frank Netter – Atlas de Anatomia Humana 4ed).

VI-               Nervo Abducente

 É um nervo motor que penetra na órbita pela fissura orbital superior e inerva o m. reto lateral.

VII-             Nervo Facial

O nervo facial transita por diversas passagens, no crânio. Seus ramos se distribuem para várias estruturas levando inervação por exemplo, para os músculos mímicos, músculos estilohióideo e ventre posterior do disgástrico; glândulas lacrimal, submandibular e sublingual; além de receber os impulsos gustativos originados nos 2/3 anteriores da língua.

 

Figura 19. Nervo facial. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

VIII-           Nervo Vestibulococlear

É um nervo exclusivamente sensitivo composto por uma porção vestibular e uma porção coclear. A porção vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados com o equilíbrio.

Figura 20. A: nervo vestíbulo coclear. Na perspectiva das estruturas do ouvido interno dentro do osso temporal, na base do crânio; B: os receptores do ouvido interno, determinando o nervo vestíbulo-coclear.(Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

IX-                Nervo Glossofaríngeo

           O nervo glossofaríngeo é um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo e deixa o crânio pelo forame jugular. O nervo apresenta dois  gânglios superior e inferior, formados por neurônios sensitivos. É responsável pela sensibilidade geral do terço médio posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva e sensibilidade gustativa do 1/3 posterior da língua.

            Os ramos do componente eferente inervam a glândula parótida, o músculo constrictor superior da faringe e músculo estilofaríngeo.

Figura 21. Nervo glossofarígeo. (Adaptado de Frank Netter – Atlas de Anatomia Humana 4ed).

X-                  Nervo Vago

         O nervo vago é o maior dos nervos cranianos, é misto e essencialmente visceral. Emerge do crânio através do forame jugular e percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdômen. Responsável pela inervação sensitiva quanto à gustação na epiglote; uma porção da faringe, laringe, traqueia, esôfago e vísceras torácicas e abdominais.

           Pelo componente motor o nervo vago inerva as vísceras torácicas e abdominais e os músculos da faringe e da laringe.

Figura 22. Nervo vago. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

XI-                Nervo Acessório

         Este nervo é formado por uma raiz craniana e uma raiz espinhal. A raiz craniana une-se ao nervo vago e distribui-se com ele. As fibras da raiz espinhal tem trajeto próprio e dirigem-se obliquamente para inervação dos músculos trapézios e esternocleitomastóideo.

Figura 23. Nervo acessório. (Adaptado de Frank Netter Atlas de Anatomia Humana 4 ed).

XII-         Nervo Hipoglosso

             O nervo hipoglosso é um nervo motor, surge no encéfalo no sulco lateral anterior do bulbo e emerge no crânio pelo canal do hipoglosso. Suas fibras nervosas são responsáveis pela inervação dos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua.

Figura 24. Nervo hipoglosso. (Adaptado de Frank Netter – Atlas de Anatomia Humana 4ed).

 

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